Um mito chamado Muhammad Ali



O boxeador norte-americano Muhammad Ali nasceu no dia 17 de janeiro de 1942, na cidade de Louisville, Kentucky. Antes de se converter ao islamismo, em 6 de março de 1964, seu nome era Cassius Marcellus Clay Jr. O nome Muhammad Ali foi escolhido pelo líder nacional do islamismo.


Em 1960, quando ainda se chamava Cassius, o boxeador quase se recusou a participar das Olimpíadas de Roma, por ter medo de avião. Embarcou vestindo um paraquedas e voltou para casa com o ouro.


Quatro anos depois, invicto como profissional, ele enfrentou - e venceu - Sonny Liston pelo cinturão da categoria peso pesado, no dia 25 de fevereiro de 1964, conseguindo, pela primeira vez, o título de campeão mundial.


Muhammad Ali tornou-se membro dos Muçulmanos Negros, uma seita religiosa que pregava a separação racial.


Quando se recusou a atender a convocação do exército norte-americano para lutar no Vietnã, o atleta foi destituído de seus títulos, banido do boxe por três anos e meio e condenado a cinco anos de prisão. A condenação acabou sendo anulada pela Suprema Corte em 1971. Mesmo assim, Muhammad pagou uma multa de 10 mil dólares ao governo. Foi resultado desse episódio uma de suas mais célebres frases: "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, por que eu lutaria contra eles?".


Ficou famoso pelas grandes quantias — pelo menos para a época — que recebia por cada luta: 2,5 milhões de dólares na derrota para Joe Frazier (1971), 2,6 milhões de dólares na vitória sobre o mesmo Frazier (1974) e mais 5 milhões de dólares na vitória sobre George Foreman (1974).


Sua última luta foi em 12 de dezembro de 1981. Ali perdeu para Trevor Berbick. Ao anunciar sua saída, ele declarou: "Não quero vir a ser um desses lutadores velhos, de nariz achatado, dizendo gugu-dadá antes de uma luta". Ao longo de sua carreira como profissional, Ali participou de 61 lutas — das quais venceu 56, 37 por nocaute.


Em 1984, os jornais anunciaram que Ali, aos 42 anos, fora internado com graves sintomas de mal de Parkinson, uma afecção neurológica caracterizada por tremores, diminuição da força muscular e rigidez progressiva. O fato de ser portador da doença tornou-se notório em 1996, quando o atleta participou da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Atlanta acendendo a tocha.


Em 1990, o ex-pugilista, então envolvido em causas políticas, viajou ao Iraque para negociar com Saddam Hussein a libertação de 14 reféns norte-americanos. Em sua luta contra o racismo, Ali se relacionou diretamente com Martin Luther King, Malcolm X e Nelson Mandela.


Muhammad Ali recebeu os prêmios de atleta do século pela revista Sports Illustrated e personalidade esportiva do século pela BBC. Além disso, foi nomeado Mensageiro da Paz pela ONU e condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honra civil norte-americana.



Fonte: Google / Montagem e edição JF Hyppólito