Heinrich (Henri) Nestlé nasceu
em 10 de agosto de 1814, em Frankfurt. Herdou o negócio do pai e se tornou um
vidraceiro em Töngesgasse.
Antes de completar 20 anos,
terminou 4 anos de aprendizado com Johannes Stein, proprietário de uma
farmácia. No final de 1839, foi oficialmente autorizado a realizar experiências
químicas, aviar receitas e vender medicamentos. Mudou seu nome para Henri Nestlé
por razões políticas a fim de se adaptar melhor às condições sociais em Vevey.
Em 1843, Nestlé comprou uma
das indústrias mais progressistas da região na época, especializada na produção
de óleo de colza. Envolveu-se também na produção de óleos de nozes, usado para
abastecer lâmpadas de óleo, licores, absinto e vinagre. Começou igualmente a
fabricar água mineral gaseificada e limonada. Em 1857 passou a se concentrar na
iluminação a gás e fertilizantes.
A história da Nestlé começa na
Suíça em 1866, quando Nestlé lançou a farinha láctea, à base de cereais e
leite. A partir dessa iniciativa, a Nestlé se tornou uma empresa mundial de
alimentos e nutrição.
Em 1905, uniu-se à Anglo-Swiss
Condensed Milk Co., que desde 1866 era um importante fabricante de leite
condensado.
Voltada essencialmente para a
nutrição humana, a Nestlé diversificou suas atividades a partir da década de
1970, passando também a atuar nos segmentos farmacêuticos (Alcon), cosmético
(L’Oréal) e de alimentos para animais de estimação (Friskies Alpo e Ralston
Purina).
Em 1921, a empresa iniciou sua
produção no Brasil, em Araras (SP). O leite condensado Moça foi o primeiro
produto da empresa a ser fabricado no Brasil. Atualmente o Leite Moça que é
produzido na cidade de Araraquara (SP) ainda detém o maior volume de vendas.
A Nestlé é a maior empresa de
alimentos no mundo, com uma capitalização de mercado de cerca de 191.000
milhões de francos suíços, ou mais de 200 bilhões de dólares.
Uma das controvérsias mais
importantes envolvendo a Nestlé diz respeito à violação de um código de 1981 da
Organização Mundial de Saúde que regulamenta a publicidade de substitutos do
leite materno.
Grupos como a International
Baby Food Action Network e Save the Children afirmam que a promoção de fórmulas
infantis sobre aleitamento materno levou a problemas de saúde e mortes de
crianças em países menos desenvolvidos. A Nestlé sustenta que as mulheres que
não podem ou optam por não amamentar precisam de uma alternativa para a
nutrição dos bebês.
Por outro lado, o documentário
de 2010 “The Dark Side of Chocolate” alega que as compras da Nestlé de grãos de
cacau da Costa do Marfim vinham de plantações que usavam trabalho escravo
infantil. Outro documentário da BBC relatou o uso de crianças-escravas na
produção de cacau na África Ocidental.
Em setembro de 2001, a Nestlé
assinou o Protocolo do Cacau, um acordo internacional que visa a erradicação do
trabalho infantil na produção de cacau.
Um documentário de 2012, com o
título “A vida engarrafada”, critica as práticas da Nestlé relativamente à
atividade com água. Segundo o documentário, a compra de um caminhão de água nos
Estados Unidos custa 10 dólares à Nestlé, que depois é vendido por 50 mil
dólares.
Segundo a Nestlé, o preço de
uma garrafa de água é semelhante ao de outras bebidas embaladas, pois incorre
em custos semelhantes ligados à produção de garantia de qualidade,
engarrafamento, armazenamento e distribuição.
Recentemente, a Nestlé admitiu
seu envolvimento com o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, ao
utilizar mão-de-obra forçada em sua subsidiária alemã, segundo o historiador
suíço Jean François Bergier - depositando 14,5 milhões de dólares em favor do
fundo das vítimas de trabalho escravo.
Leia mais em detalhes no site https://www.nestle.com.br