"VOLKSWAGEN 1600"
Mais um clássico nacional dos
anos 60: o sedã Volkswagen 1600, que a montadora chamava de"irmão maior do
Fusca" (uma estratégia de marketing para aproveitar o bom conceito daquele
carrinho).
Foi lançado no Salão do
Automóvel de São Paulo realizado no final de 1968 (junto com outras novidades
que tiveram vida muito mais longa: o Ford CORCEL e o Chevrolet OPALA).
Técnicos brasileiros e alemães
trabalharam no projeto durante quase 3 anos.
Ficou conhecido mais pelo
apelido "ZÉ DO CAIXÃO" que pelo próprio nome. Isso tinha uma
explicação: suas formas retas lembravam um caixão de defunto (e o
"ZÉ" do cinema, até hoje conhecidíssimo, estava vivendo seu apogeu).
Além disso, diziam que as três alças junto ao teto também remetiam a um ataúde
(línguas venenosas!!!).
Algumas de suas
características: motor de 4 cilindros, tração traseira, câmbio de 4 marchas pra
frente sincronizadas, lotação de 5 pessoas, vel. máxima de 130 km/h, freios
dianteiros a disco e a tambor nos traseiros.
A brusca queda nas vendas
decretou seu fim, em 1971, após produção de quase 25.000 unidades. Suas 4
portas o haviam tornado sinônimo de táxi (os taxistas gostavam muito dele
justamente por isso) para o pessoal da época. Pura bobagem. Era um carro muito
bom.
BUICK "RIVIERA"
Fabricado de 1963 a 1999 pela
mais antiga montadora americana em atividade: a Buick, uma divisão da General
Motors.
Esse cupê enorme, potente e
luxuoso foi criado para concorrer com o então bem-sucedido Ford Thunderbird e
vendeu mais de l milhão de unidades em toda a sua longa vida (teve 8
"gerações").
O Riviera não foi o resultado
de transformações e melhorias em carro já existente. Tudo nele foi concebido
especialmente para ele. Ficou na História como uma obra-prima da indústria
automobilística americana.
"BRASINCA UIRAPURU-4200
GT"
Clássico em nossa história. Só
que não se trata de mais um antigo de fabricação americana, francesa, italiana,
etc., mas sim de um ... brasileiro! Trata-se do "BRASINCA UIRAPURU-4200
GT". Não o conheceu? Não se preocupe, pois existiu para um público muito restrito
(foram produzidas pouco mais de 120 unidades).
Foi fabricado nos anos de 1965
e 1966 pela empresa genuinamente nacional "Brasinca - Ferramentas,
Carrocerias e Veículos S/" (que não mais existe). O "Uirapuru"
era um esportivo com estrutura feita especialmente para ele e com carroceria de
aço (ao invés de fibra de vidro, como alguns outros tipos também de fabricação
"artesanal").
O motor era o mesmo do
caminhão "Chevrolet Brasil" e o câmbio tinha 3 (depois 4) marchas. No
capô longo destacava-se a "imponente" tomada de ar. O vidro traseiro
era enorme. O painel era revestido de jacarandá. Seu farol redondo (no início)
era muito criticado e, em 1966, passou a ser retangular.
Nas peças publicitárias ele
era apresentado como um "puro-sangue" para pessoas de exigente bom
gosto: potente, elegante e de alta performance.