Ku Klux Klan


A Ku Klux Klan foi uma seita racista violenta fundada em 1865, nos Estados Unidos, atuante nos estados do Sul desse país entre o fim do século XIX e a primeira metade do século XX.

O que é a Ku Klux Klan?

A Ku Klux Klan é um misto de seita religiosa racista e organização nacionalista estadunidense. Foi formada após a Guerra Civil Americana, em 1865, no estado do Tennessee. A “Klan”, como também é conhecida, ficou caracterizada pelas ações violentas promovidas contra negros nos estados do Sul dos Estados Unidos durante o século XX. 

Entre essas ações, estavam tortura, assassinatos e atentados contra igrejas, restaurantes e demais estabelecimentos públicos frequentados por negros.

O mais emblemático desses atentados ocorreu em 15 de setembro de 1963, em Birmingham, no estado do Alabama, na época em que o ativista Martin Luther King atuava justamente na capital desse estado, Montgomery, em defasados direitos civis dos negros. 

Um membro da Klan, chamado Robert Chambliss, colocou bananas de dinamite no templo da Igreja Batista de Birmingham. Com a explosão, dezenas de pessoas ficaram feridas e quatro meninas morreram: Denise McNair, de 11 anos, Cynthia Wesley, Carole Robertson e Addie Mae Collins, estas de 14 anos.

Outra característica que singulariza a Ku Klux Klan são seus traços simbólicos. Seus membros se vestem com túnicas brancas e capuzes. Na túnica, geralmente, é ostentada uma cruz branca sobre um círculo vermelho. 

Marcha da Ku Klux Klan nos anos 1920
Os membros da Klan apresentam-se com essa indumentária em marchas em defesa da “supremacia branca” e da tradição puritana americana. Geralmente, após um atentato, a Klan deixa uma cruz de madeira em chamas próximo ao local. Essa é a “assinatura” do grupo.

Por quem foi fundada?

O contexto de criação da Klan, como dissemos no início do texto, foi o do fim da Guerra Civil Americana. A vitória do Norte sobre o Sul escravista resultou na liberação dos escravos negros. Todavia, apesar disso, a mentalidade de aversão à figura do negro continuou na maior parte do Sul dos EUA e, em alguns casos, no Norte também. Essa aversão acabou por produzir as leis de segregação racial, como bem explicita o historiador Leandro Karnal:

Nos anos 1890, um novo sistema de subordinação racial nasceu nos Estados Unidos a partir do Sul ex-escravista. Nessa região do país, os negros acabaram perdendo o direito de voto, entre outros direitos conquistados, e foram socialmente segregados. Negros e brancos não podiam mais 'se misturar' ou conviver nos espaços públicos. Escolas, serviços públicos e lojas reservaram aos negros instalações separadas, assinaladas por placas bem visíveis afixadas em locais como bebedouros, salas de espera, restaurantes e ônibus, diferenciando 'pessoas de cor' e 'brancos'. Negros também não podiam frequentar diversos parques e praias ou ser atendidos em vários hospitais. [1]

A Klan foi fundada em 24 de dezembro de 1865, no pequeno município de Pulaski. Entre os fundadores, estavam Calvin Jones, Frank McCord, Richard Reed, John Kennedy (não confundir com o presidente dos EUA da década de 1960), John Lester e James Crowe, todos jovens ex-combatentes do Exército Confederado Sulista. A proposta do grupo era preservar as perspectivas dos sulistas sobre o modelo de sociedade que queriam preservar. Ao grupo, em pouco tempo, somou-se a figura do General (também ex-combatente) Nathan Bedford Forrest, que deu corpo ao grupo, que passou a ter o nome característico que vem da palavra grega Kyklos (Círculo).


NOTAS
[1] KARNAL, Leandro [et al.]. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 181. Por Cláudio Fernandes

http://alunosonline.uol.com.br      Pesquisa/Montagem/Edição: JFHyppólito #oblogdojf

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